Sou eu, pássaro vivo, cotovia.
Desperto o dia num cântico lindo,
Armando as penas com a paz entre o bico ,
Planando , no céu admirando o arado .
Mergulhando em água viva e vivendo afogado ,
Desnudo no azul e em verde -floresta ,
Crescendo folículos de vida, sem presa,
Dispenso minhas presas e meu predadores .
Somente a luz noturna me alimentará,
O vento e os maior dos senhores ,
O dourado que surge é que vai me reinar ,
Desperto num cântico lindo .
Armando as penas , trago a paz no bico ,
Essa areia brilhante pelo céu espalhado,
Foi a recompensa pelo pio amuado ,
Que amarou meu pranto e me trouxe o sonhar ,
E o dourado que surge é quem vai me reinar .