"Um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde, mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo."
Machado De Assis

Slide, shut up, fuck it.

Instinto, musica ao anoitecer.

Meias ações que bastam.

Dois passos no acerto no enrolo da vida.

Cansada

Na verdade exausta com a alma sob muletas, cambaleando e quem me dera estar bêbada.
Força necessária força, não vá se esvaindo ainda é sexta e amanha eu trabalho ainda mais cedo.
Nao vá se esvaindo por que domingo eu me junto em retalhos e me alugo na segunda.


Pronta a qualquer momento pra cair de joelhos.

Onde vamos?

Tenho que gastar minha loucura por que eu não quero mais correr, to andando de vagar rabiscando as paredes tipo pistas de onde vou, imagina se eu sei onde vai dar.
Tenho herança pra deixar mas isso se eu morrer de maneira prematura, vou deixando de vagar rabiscando as paredes tipo pistas de onde vou, imagina.


Uma hora a gente cansa!
De que, de só rabiscar?
De andar sem destino nas vias da vida, esses traços são trilhas.


Nao tenho filhos pra ensinar, mas não é coisa de futuro, já rabisquei muitas paredes e eles estão por ai a observar de vagar as pistas.
Quem quer, quem quer todo ou qualquer pedaço do meu coração?
Traga como recompensa do mesmo um balde de tinta vermelha e acorde como tela, e me deixe molhar os dedos, por que eu vou rabiscando as tristezas da vida.

Eu não deveria ficar tão brava não é?
Então desce dois tarjas e uma garrafa de café!

Agressão!

Eu que tanto apanhei nessa vida finalmente aprendi das piores maneiras e agora tenho que ensinar a quem me ferrou pra que hoje tudo desse certo.
"Sao as maneiras..."
Sao elas, são elas que te ensinam.


Minha mãe a quem tanto odiei, encontro-a no sofá chorando, agredida e pouco posso fazer alem do meu papel de filha e o que deveria fazer na raiva no ódio do pouco amor que ainda resta entre a gente. Mas me deparei com os motivos, aqueles mesmos motivos de nossas incansáveis brigas. Ela me ensinou sem saber, hoje apanha como eu apanhei e não quer aprender.

Pra mais ninguem

Tenho que aquendar o tatarico?
OW foda-se!


Ja era assim e eu nem imaginava ou na verdade só isso fazia.

Acidente na avenida.

Só ouvi o som e alguém dizer "bateu?", me virei e vi dois corpos no chão, pensei por alguns instastes se voltava alguns passos ou seguia meu caminho.


Me aproximei devagar e logo vi uma pequena possa vermelha por baixo do meu tênis, pessoas correndo e um rastro de sangue.
Atirada contra o asfalto, gritos por toda parte, mães escondendo suas crianças e uma agonia geral.
Ja a moviam e ela gritava e eu pedindo pra deixarem parada, a perna e o braço nao sei, da boca e nariz jorravam sangue. Alguém pediu um pano e com tantos homens em volta ninguém cedeu.
Se engasgando no sangue arrumaram-lhe um apoio, ela gritava e eu xingava.
A ambulância chegou, removeram-na dali, peguei minha blusa ensopada de sangue do chão e saí, o tumulto permaneceu ali.

I burn oil and on the waters of this sleepy town.